Há quem prefira louros. Há quem
prefira morenos. Há quem prefira novos. Há quem prefira velhos. Há quem faça questão de contas
bancárias, há quem prefira apenas um amor e uma cabana. Há quem prefira
músicos. Há quem tenha fixação por homens de terno, por tatuados ou por sarados
sem camisa. Há quem goste mesmo dos sensíveis. Dos lindos-de-morrer. Dos
viciados em
adrenalina. Dos que nos tratam bem. Dos que tenham um
bom papo. Dos super cheirosos. Dos que cozinham. E há quem tenha predileção
pelos que acabam com a nossa auto-estima. As opções não param (e a gente acha
que pode marcar um X e construir um homem perfeito): com ou sem barba. Fumante
ou não. Careta, moderno ou mauricinho. Magro, gordo ou sarado. Inteligente ou
semi-burrinho. Blusa pra dentro ou pra fora da calça. Camisa de botão ou
Havaianas. Rio ou São Paulo. Mar ou cachoeira. Gato ou cachorro. Por cima ou
por baixo. (E com muitas variações, por favor!). O que importa é que nada disso
importa. Gosto não se discute, essa é a verdade. Cada um, cada um. Desde que o
mundo é mundo as pessoas criam seus "tipos" bem lá no fundo da mente.
Homens e mulheres, é claro. Mas os "tipos" mudam porque - por dentro
- todo mundo muda. O tempo todo. (Graças a Deus!). E quanto mais o universo de
possibilidades se expande (porque você experimenta diferentes "tipos"
por aí), mais você se concentra em detalhes que realmente fazem a diferença.
Outro dia me perguntaram qual era o meu "tipo". Aí descobri: eu não
tenho um "tipo". (Não fisicamente falando). Mas, peraí. Para mim,
tanto faz que seja louro ou moreno, alto ou baixo, melhor que goste de chinelos
e camiseta branca, mas o que conta não é isso. Pra mim, homem tem que
pensar! Não um pensar que racionalize (embora seja de grande importância homens
que nos tirem do nosso grande abismo emocional). Mas um pensar que sinta. Um
entender que saiba antes mesmo do pensar. Difícil ? Acho que não. É um saber
quase sem querer. Que só de olhar, já se sabe. Que só de escrever, já sente. Ou
se não sabe, sabe que não sabe e não liga a mínima pra não entender. Porque
mulher não foi feita pra se entender. Mulher foi feita pra se amar. Não acham?
Taí uma boa conclusão. Se eu tenho um "tipo", acho que nada mais é do
que um cara que goste de mim. Que me admire, me assuma e seja guerreiro. Porque
- meus amores - eu não sou brincadeira.
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