Aceitar um fim é aceitar um novo começo. Continuar
numa relação só por amor faz tanto sentido quanto ir patinar porque está com
fome. Ficar ao lado de alguém requer muito mais que amor, diria que o principal
é a admiração, mas nem sempre admiramos, ou então admiramos muito um dia e daí
veio a vida fazendo tudo cair por terra... E ainda assim insistimos, mas dessa
forma você perde tempo, pessoas, vida. Você ganha arranhões que poderiam ter
sido evitados, ganha mágoas de alguém que poderia ter sido sempre especial e
só. E tem aqueles que ainda confundem amor com costume, pois o costume grita e
vc pensa que é o amor ainda vivo em algum canto. Grande engano, grande perigo.
Até que o costume mude de figura, tudo é vazio, lembranças, saudade... E, mesmo
depois do fim vc ainda quer tentar, tentar, tentar. É o velho vício de mexer na
ferida??? NÃO, NÃO !!! É o medo da solidão alguns diriam, mas eu diria sem
rodeios que nada mais é que a fraqueza batendo a sua porta. E como os fracos me
incomodam. Pessoas que tem condição e meios de reagir, de agir, de
mudar e ter um novo fim, mas se entregam ao desanimo. Entregam-se ao problema e
ao caos emocional. Em certos momentos raiva, rancor
e ódio são infinitamente melhor do que depressão, prostração e desanimo. A
raiva, o rancor e o ódio impulsionam as pessoas a agirem, mesmo com sentimentos
tão baixos. Não estou assim por pessoas que vivem e existem longe, pessoas
distantes, não! Estou assim pelo comportamento de pessoas ao alcance de meus
olhos, de meus braços, de minhas mãos. Pessoas que admiravam por uma fortaleza
ímpar e de repente tudo desmorona... Há dias que penso que as pessoas fracas deveriam ser
deixadas a sua própria sorte. Deveríamos deixá-los as conseqüências e efeitos
de suas escolhas e fraquezas. Deveríamos obedecer à idéia e teoria de que o
mundo é governado e vivido pelos mais aptos. Pessoas que
se prostram por que pensaram e planejaram um sucesso que não chegou e não pode
ser atingido. São pessoas inaptas para certas atividades.
Eu descobri que tenho
um jeito de gostar exagerando os fatos e que a ficção é o que mais participa da
minha realidade, crio imagens, acredito em personagens e super heróis... daí a vida chega sem rodeios e desvestem os personagens (tipo quando a gente descobre que Papai Noel não existe).
Uma boa base impede um desmoronamento, mas que a
implosão da estrutura inteira, às vezes, é a coisa mais sábia a se fazer em
determinados momentos, disso não tenho dúvidas!
O amor é a maior contradição que conheci... Ontem era a única coisa que queria e hoje não quero mais!