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domingo, 7 de dezembro de 2014

Escolhas...

Antes de tomarem qualquer decisão, os antigos consultavam um oráculo e tinham revelações das quais tentavam fugir tomando atitudes prévias para evitar as previsões. Em vão. Se olharmos os exemplos na literatura, veremos que tudo foi em completamente em vão. Tudo aconteceu como fora descrito no oráculo . De nada adiantou a interferência da vontade . Será mesmo que temos escolha ? Será que estamos todos predestinados a passar pelo que passamos, independente do desvio que tomemos com as nossas decisões? Enquanto as respostas a essas perguntas embaralham os búzios da vontade, vamos vivendo o enigma certos de que, ao fazermos as nossas escolhas, estamos fazendo uma opção, abrindo mão de alguma coisa para ter outra, afinal, não se pode ter tudo! Essa verdade tão básica da nossa vida, entretanto, não é tão simples como parece . Ao optarmos, corremos o risco de acertar ou de errar; de perder um pênalti ou ter feito um gol de cabeça . É simples pedir um picolé de paçoca em vez do de chocolate; escolher a blusa amarelabem lugar da vermelha; comprar o carro de marca X e não de marca Y . Entretanto, nos digladiamos entre a emoção e a razão, quando o que está em jogo não é um simples objeto que poderá ser posteriormente trocado ou substituído ; É o nosso destino; A nossa vida. Apelamos para conselhos, muitas vezes e acabamos mais confusos ou criamos argumentos para justificar um possível fracasso . Apelamos, em muitos casos, para a intuição, certos de que o nosso instinto não falha . Ou pelo menos não deveria . Escolhas implicam ao mesmo tempo aquisição e perda . Significam também autonomia, capacidade de decisão, dignificar-se do livre-arbítrio . Antes pagar o preço de uma decisão errada a acatar uma imposição alheia ou deixar a vida à mercê dos ventos. Quem se acovarda e se esconde diante dos dilemas, culpa os outros ou o destino pelo que não deu certo; ou atribui a felicidade a uma dádiva quando, na verdade, ela é uma conquista . Em ambos os casos, tenta-se fugir da responsabilidade sobre os atos e demonstra-se incapacidade para escrever a própria história . Escolher ou esperar que aconteça : Eis a questão . Arriscar uma dessas atitudes, entretanto, outra já é uma escolha cujas consequências ninguém pode eximir-se de assumir .

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