Outro
dia me perguntaram como se cura dor de amor. Ah, gente, sei lá. Realmente não
sei. Me desculpem. Se existisse fórmula seria fácil. Mas não tem. E a única
coisa que a gente não quer saber é de fórmulas quando o coração está em pedaços. Não adianta
alguém falar "vai passar" porque a única resposta que me vem nessas
horas é uma pergunta: QUANDO? E ninguém sabe o tamanho do tempo e a gente acha
que o mundo acabou e que o amor é marketing, enxerga qualidades onde a pessoa
(aquela ingrata!) não possui e se vê num questionamento interior que não tem
fim (e muito menos respostas): por quê? Onde errei? E outras que nem preciso
enumerar porque são sempre as mesmas. Só muda o objeto do amor e a intensidade
do sentimento. Você pode ter conhecido a pessoa há uma semana, mas tem certeza
que é o amor da sua vida, a razão de tudo, a tampa da sua panela. Ah, então tá.
E as amigas te consolam, a maquiagem borra e todo mundo come chocolate junto,
enquanto a frase que mais odiamos ecoa no ar "se o sujeito não te quer é
melhor você ficar sem ele". Ai, é hora do choro aumentar! Pra amenizar,
alguém diz que a atual do cara é uma ridícula. Han? Como assim? Você vai dizer:
antes tivesse me trocado por alguém melhor do que eu! Estou certa? Pois é. E
você sofre. Faz drama. Drama, não, dramalhão. Afinal você ama aquele
filho-da-mãe de uma figa que deixou seu orgulho ferido e sua auto-estima no
chão. E a gente esquece os defeitos dele, esquece que ele tem manias estranhas
e esquece também que, no fundo, não via muito futuro pra vocês dois. Verdade?
Não, nessas horas nada é verdade. Sofrer por amor cega, dá uma super inspiração
e deixa nossas mães preocupadas, essa é a única verdade. Eu já tomei
pés-na-bunda consideráveis e acho que se a Jeniffer Aniston pode, quem sou eu
pra fugir da regra. Já me disseram NÃO e nem por isso sou menos inteligente,
menos legal, menos louca, menos linda, menos tudo, menos nada. A única coisa
que tenho certeza é que eu NÃO ERA a pessoa certa pra aquele cara. Pelo menos
naquele momento. Olha que simples. E sem aquela teoria furada de que o moço tem
medo, algum trauma de infância e signo complicado. Quando a gente quer de
verdade - meninas, acordem! - a gente vai até o inferno, desfaz casamentos,
paga pra ver, apela para a baranguice e canta Amado Batista debaixo da janela.
Porque o amor é brega. E disso ninguém escapa. Então, vamos aproveitar nosso
minuto de lucidez (enquanto não caímos na teia do amor de novo) e aprender de
uma vez por todas: não é pra gente se achar um lixo quando um amor acaba. Não é
pra gente imaginar que a atual do seu ex é perfeita (acredite: elas nunca são).
E definitivamente não é pra gente confundir orgulho ferido com amor. Afinal a
gente não vai amar uma pessoa que não ama a gente. E ponto. p.s: o sofrimento é
inevitável, mas o luxo é opcional.
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