“Se eu perdoaria uma traição? Claro! Meu coração é nobre e
sempre há perdão nele. Eu diria: “Amor, eu te perdoo . Depois juntaria minhas
coisas e nunca mais apareceria, mas eu perdoei, tá? Acho que não existe nada
pior do que uma traição. Se dedicar, se entregar, amar a alguém e esse alguém
te trair. “A carne é fraca”, justifica. A carne é fraca, mas eu sou forte e não
mereço alguém assim do meu lado. Tudo bem que há os modernos que vivem em
relacionamentos abertos. Se eu acredito em relacionamento aberto? Acredito!
Relacionamento aberto, aberto ao fracasso, aberto ao fim, aberto a mágoa,
aberto a toda falta de reciprocidade e dignidade sentimental que se possa imaginar.
Afinal, o que é mesmo amar? É escolher uma pessoa entre milhões de espécies
disponíveis no mundo e elegê-la ao cargo máximo de estar única e exclusivamente
ao seu lado. Se for pra ficar comigo e com mais todo mundo que aparecer na
reta, eu prefiro ficar só! Em uma traição não importam os motivos de quem
traiu, mas a dor de quem foi traído. Se traiu porque sentiu-se atraído, sinto
muito, mas eu não sabia que estava namorando um imã que atrai tudo e todos,
portanto, controle-se! Se traiu porque passou a gostar de outra pessoa,
lamento, mas você não é nenhum líder religioso que é obrigado a amar a
humanidade e, se fosse, isso excluiria o contato sexual. Traição não é
oportunidade, nem escolha, é caráter. “Caráter é uma linha reta, não faz
curvas”. E se você gosta de andar em círculos, ande sozinho. Faça um exercício:
toda vez que sentir vontade de trair, lave uma privada, pra você lembrar que
toda traição termina assim: em
merda. E no amor não basta apenas dar a descarga! A questão
não é ter tudo, é escolher alguém e fazer dar certo. E se você não está
disposto a ficar com uma pessoa só, sinto muito te informar, mas o seu destino
é morrer sozinho.”
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